Tributação de Influenciadores Digitais: Como Funciona?
- processos62
- 12 de set.
- 3 min de leitura

A modernização do ambiente de negócios no Brasil tem sido uma prioridade dos últimos anos, com avanços significativos na digitalização de processos, simplificação de obrigações e incentivo ao empreendedorismo. Dentro desse cenário, um grupo vem ganhando cada vez mais relevância econômica e atenção do Fisco: os influenciadores digitais.
Quem produz conteúdo para redes sociais, realiza parcerias com marcas, recebe valores por publicidade ou monetização de plataformas como YouTube, Instagram, TikTok, Twitch ou Kwai precisa entender que essas receitas são tributáveis — e a falta de regularização pode gerar autuações, multas e bloqueios judiciais.
Influenciador é empresa ou pessoa física?
Depende. Muitos influenciadores começam atuando como pessoa física, mas à medida que o faturamento cresce, torna-se mais vantajoso atuar como pessoa jurídica (PJ), com um CNPJ adequado ao tipo de serviço prestado.
A escolha entre pessoa física ou jurídica impacta diretamente no valor de tributos pagos, nas obrigações acessórias e na possibilidade de crescimento estruturado do negócio.
Como funciona a tributação na pessoa física?
Todo rendimento recebido como pessoa física deve ser declarado no Imposto de Renda (IRPF). Os valores estão sujeitos à tabela progressiva:
Até R$ 2.112,00: isento
De R$ 2.112,01 até R$ 4.664,68: alíquotas entre 7,5% e 22,5%
Acima de R$ 4.664,68: alíquota máxima de 27,5%
Além disso, se a receita for considerada como prestação de serviços com habitualidade, há risco de enquadramento como atividade econômica com exigência de contribuição ao INSS autônomo (20% sobre o rendimento).
E como funciona na pessoa jurídica (CNPJ)?
Ao abrir um CNPJ, o influenciador pode optar por um regime tributário simplificado — geralmente o Simples Nacional, desde que esteja enquadrado em uma atividade permitida.
A tributação no Simples pode variar entre 6% e 15,5%, a depender do faturamento e do anexo tributário.
Com isso, há significativa redução da carga tributária, além de acesso a benefícios como emissão de nota fiscal, abertura de conta PJ, contratação de equipe e estruturação profissional da carreira.
Quais rendimentos devem ser tributados?
Todos os seguintes exemplos devem ser analisados com atenção:
Receitas de parcerias publicitárias com marcas e agências;
Recebimentos por impulsionamento de produtos;
Monetização via plataformas como YouTube (AdSense), Twitch (subscriptions), Kwai e TikTok (programas de recompensa);
Receitas de infoprodutos (cursos, e-books, mentorias);
Doações em “lives” (como super chats);
Prêmios em dinheiro em desafios ou campanhas promocionais.
Existe fiscalização para influenciadores?
Sim. A Receita Federal já tem realizado operações específicas para influenciadores, cruzando dados de redes sociais, movimentações bancárias e declarações entregues. A omissão de receitas ou o uso indevido de CNPJs pode gerar:
Autuação por sonegação;
Cobrança de IRPF com multa e juros;
Bloqueio de bens ou valores via BacenJud;
Perda de benefícios como o Simples Nacional.
Conclusão
Influenciadores digitais precisam tratar sua atividade como um negócio. A profissionalização e regularização fiscal são essenciais para garantir segurança, evitar problemas com o Fisco e abrir portas para parcerias com grandes marcas e projetos.
Na Contabilidade Economy, oferecemos consultoria especializada para influenciadores que desejam abrir um CNPJ, pagar menos imposto de forma legal e construir um negócio sustentável no mundo digital.
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